Nenhuma empresa está livre de um ataque cibernético!
A pergunta que não deve te deixar dormir é: a sua empresa está preparada caso isto aconteça hoje?
Se você respondeu que sim, parabéns! Caso contrário, este artigo traz os pontos fundamentais que você precisa saber para responder de forma efetiva e minimizar os danos causados por um ataque cibernético.
1- CONTENÇÃO
A primeira ação ao detectar um ataque em curso é cortar totalmente o acesso de todas as máquinas à internet. Isso é essencial para impedir que o ataque continue se propagando e alcance outras partes do sistema.
No entanto, é crucial não desligar as máquinas. Em vez disso, desconecte-as da internet. Por quê? Porque o próximo passo é buscar rastros e evidências do ataque, que podem se perder se os equipamentos forem desligados. Esses rastros são fundamentais para compreender a origem, o alcance e o método utilizado no ataque. Um exemplo comum é o uso de logs de sistema, que ajudam na análise forense posterior.
Imagine um cenário em que uma empresa detecta atividades suspeitas em seus servidores. Ao desconectar as máquinas, os especialistas conseguem capturar detalhes como IPs de origem e comandos executados pelo invasor. Isso não apenas ajuda na contenção, mas também fornece informações valiosas para a investigação.
Outras medidas importantes na contenção incluem a identificação de máquinas comprometidas e a verificação de dispositivos que possam ter sidos infectados. Em organizações maiores, a segregação de redes é essencial, permitindo isolar setores afetados e proteger áreas que ainda não foram atingidas.
- GRUPAMENTO – EQUIPE
Assim como em uma guerra, é necessário definir a liderança em um momento de crise. Quem será responsável por encabeçar a operação de resposta? Este profissional, ou equipe de profissionais, deve ter experiência em gestão de crises e ser capaz de tomar decisões rápidas e eficazes.
Além disso, é importante alocar recursos internos e externos. Caso a empresa não possua uma equipe de segurança cibernética dedicada, parceiros e fornecedores de tecnologia devem ser acionados imediatamente. Muitas empresas mantêm contratos com provedores de resposta a incidentes exatamente para esses casos.
Por exemplo, companhias de pequeno e médio porte que não possuem uma estrutura robusta podem contratar empresas especializadas em monitoramento e resposta, garantindo suporte imediato em situações de crise.
Para complementar, a definição de uma equipe de crise deve levar em consideração a experiência e especialidade de cada membro. Por exemplo, um analista de segurança pode focar na análise de logs, enquanto um gestor pode se concentrar em comunicação e tomada de decisões.
Uma equipe bem estruturada também precisa de acesso a ferramentas especializadas. Estas podem incluir plataformas de monitoramento de redes, sistemas de backup automático e softwares de análise forense.
- DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES
Em um ataque cibernético, todas as áreas da empresa podem ser afetadas, e cada uma delas acreditará que é a mais urgente. Para evitar caos e desorganização, é essencial ter uma estratégia clara de priorização.
- Como lidar com cada área: Estabeleça regras claras. Por exemplo, áreas críticas como financeiro, operações e atendimento ao cliente geralmente devem ser as primeiras a serem restabelecidas.
- Cronograma de ação: Monte um plano com etapas bem definidas para a recuperação.
- Envolvimento da área de negócios: Garantir que os gestores das áreas afetadas estejam alinhados com as decisões tomadas.
Por exemplo, se o sistema de faturamento da empresa estiver comprometido, ele pode ser priorizado em relação à recuperação de e-mails corporativos, dependendo do impacto no fluxo de caixa. Empresas do setor de varejo, por exemplo, precisam garantir que seus sistemas de pagamento sejam os primeiros a voltar ao funcionamento.
Também é importante criar um plano de contingência para as áreas secundárias, de modo que elas possam funcionar com soluções provisórias enquanto as mais críticas são restabelecidas. Isso pode incluir a implantação de ferramentas manuais ou sistemas de backup.
- SALAS DE GUERRA
As chamadas “salas de guerra” são equipes montadas para coordenar os esforços de resposta a um ataque. Elas devem se concentrar em:
- Comunicação interna e externa: Garantir que mensagens consistentes sejam enviadas aos colaboradores, clientes e outras partes interessadas.
- Contenção do ataque: Trabalhar para interromper o progresso do ataque.
- Correção de vulnerabilidades: Identificar e corrigir as brechas exploradas.
- Análise forense: Reunir evidências para entender o ataque e evitar recorrências.
- Restabelecimento do sistema: Trazer os sistemas de volta à normalidade.
Essas salas devem incluir especialistas em TI, segurança, comunicação corporativa e liderança de negócios. A colaboração entre diferentes áreas é essencial para uma resposta eficaz.
Empresas que possuem protocolos de crise bem definidos podem montar essas salas rapidamente, garantindo que cada profissional saiba exatamente o que fazer.
Além disso, a criação de uma sala virtual de guerra, com uso de ferramentas de colaboração online, pode ser útil para empresas com equipes dispersas geograficamente.
Um exemplo prático seria o uso de plataformas como Microsoft Teams ou Slack para manter a comunicação constante entre os membros da equipe de resposta.
- TROCA DE TURNOS
Ataques cibernéticos podem levar dias ou até semanas para serem completamente resolvidos. Por isso, sobrecarregar a equipe não é uma opção.
- Definição de turnos: Organize escalas para que os profissionais possam descansar adequadamente.
- Planejamento: Garanta que os envolvidos saibam quando serão chamados e quais serão suas tarefas.
- Evite pressões desnecessárias: Uma equipe exausta pode cometer erros que comprometam a resposta ao ataque.
Por exemplo, uma organização pode adotar turnos de 8 horas, garantindo que sempre haja pessoal qualificado durante 24 horas. Esse tipo de organização é comum em centros de operações de segurança, conhecidos como SOCs.
Ademais, realizar breves reuniões de troca de turno permite que as equipes compartilhem atualizações críticas, garantindo continuidade nas ações.
- SUPORTE PSICOLÓGICO
A pressão por resultados rápidos, o medo de falhas e a tensão gerada por um ataque podem levar ao desgaste emocional. Por isso, é importante oferecer suporte psicológico à equipe.
- RH à disposição: O departamento de Recursos Humanos deve monitorar e apoiar os profissionais envolvidos.
- Gestão de conflitos: Evite tensões entre membros da equipe, que podem prejudicar o andamento do trabalho.
- Treinamento para resiliência: Promova capacitações regulares que preparem os profissionais para lidar com situações de alta pressão.
Empresas que investem em bem-estar conseguem aumentar a resiliência de suas equipes, tornando-as mais preparadas para enfrentar crises.
Também pode ser útil disponibilizar um canal de comunicação anônimo para que os profissionais expressem preocupações e frustrações durante o processo.
- OPERAÇÃO DE RESGATE
Uma das situações mais delicadas em um ataque cibernético é lidar com pedidos de resgate. Muitas vezes, os invasores exigem pagamento para liberar dados ou sistemas.
- Restabelecimento independente: Avalie se a empresa tem condições de recuperar os sistemas comprometidos sem negociar.
- Envolvimento de autoridades: Decida se é necessário acionar polícia ou órgãos reguladores.
- Riscos de negociar: Considere que não há garantias de que os invasores cumprirão suas promessas, mesmo após o pagamento.
Por exemplo, um hospital pode enfrentar um ataque ransomware onde sistemas críticos de atendimento são bloqueados. Decidir entre pagar ou tentar restabelecer os sistemas é uma escolha difícil que exige análise de risco.
PLANO DE RESPOSTA RÁPIDA
Um componente essencial de qualquer estratégia de recuperação é ter um plano de resposta rápida. Este plano deve ser:
- Detalhado: Inclua todas as etapas a serem seguidas.
- Testado regularmente: Realize simulações periódicas para avaliar a eficácia do plano.
- Atualizado: Revise o plano com base em lições aprendidas e novas ameaças identificadas.
Empresas que investem em um plano robusto de resposta a incidentes estão melhor preparadas para lidar com ataques cibernéticos e minimizar seus impactos. Essas simulações podem incluir cenários como vazamento de dados ou ataques DDoS.
Além disso, um bom plano de resposta considera a integração entre áreas internas e externas. Envolver fornecedores de tecnologia, escritórios de advocacia especializados e profissionais de comunicação corporativa pode ser a diferença entre mitigar um ataque rapidamente ou enfrentar prejuízos prolongados.
Como resultado de uma estratégia bem definida, sua empresa pode ganhar tempo precioso e reestabelecer as operações de forma mais ágil. Trabalhar na prevenção e na preparação é a melhor forma de reduzir os danos de um ataque.
A pergunta final permanece: sua empresa está preparada?
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