Por que o seu ERP virou um gargalo silencioso? As dores que ninguém conta

Você já se pegou esperando uma simples tela de consulta carregar como se estivesse preso em uma fila de banco na década passada? Ou tentou realizar o fechamento contábil com aquela sensação de que cada clique é um convite à frustração? Se você respondeu “sim” a pelo menos uma dessas perguntas, saiba que não está sozinho. Empresas de todos os portes enfrentam desafios cada vez mais complexos para manter seus ERPs e ambientes de TI em pleno funcionamento. O resultado? Perdas de produtividade, estresse das equipes e impacto direto na experiência do cliente.

Neste artigo, vamos abrir a caixa-preta dessas dores, as mesmas conversas de corredor e fóruns repletos de reclamações que mostram todos os dias, além de detalhá-las porque acontecem, como se manifestam e, principalmente, quais estratégias práticas podem virar esse cenário a favor do seu negócio. Prepare-se para um mergulho sincero (e sem rodeios) em cada um dos pontos críticos que mais tiram o sono de gestores e analistas: lentidão e instabilidade, performance ruim, ambientes compartilhados, suporte ineficiente, integrações bloqueadas ou frágeis, ausência de base de testes e cobranças surpresa.

 

  1. Lentidão e instabilidade: quando o ERP vira sinônimo de ansiedade

Nada mina a confiança em um sistema mais rápido do que a sensação de “voltar à era do dial-up” toda vez que o usuário precisa gerar um relatório ou inserir um pedido. A lentidão e a instabilidade afetam diretamente:

  • Produtividade – Processos que deveriam levar minutos se estendem por horas, drenando energia da equipe;
  • Decisão em tempo real – Informações desatualizadas ou inacessíveis impedem que gestores reajam com agilidade;
  • Moral do time – O estresse se acumula à medida que colaboradores passam a ver o sistema como inimigo, não aliado.

Por que isso ocorre?

  1. Infraestrutura inadequada – Muitos sistemas rodam em servidores subdimensionados ou com armazenamento em disco rígido, incapazes de atender picos de demanda.
  1. Arquitetura legada – Códigos antigos, pouco escaláveis, tornam cada atualização um calvário e cada tentativa de otimização um risco.
  2. Falta de observabilidade – Sem monitoramento proativo, gargalos só aparecem quando já viraram incêndio.

Como virar o jogo?

  • Migrar para a nuvem privada que permita recursos exclusivos, escalonamento sob demanda e monitoramento granular.
  • Adotar banco de dados em SSD/NVMe e balanceamento de carga para distribuir requisições.
  • Implementar APM (Application Performance Monitoring), identificando consultas pesadas e módulos mal otimizados.
  • Rever customizações: extensões mal planejadas podem duplicar loops e travar índices críticos.

Leia também em: os desafios dos erps em ambientes locais

  1. Ambiente compartilhado: performance dividida é problema multiplicado

Em muitas implantações, o ERP roda em um ambiente multitenant compartilhado, onde vários clientes convivem na mesma infraestrutura física ou lógica. A promessa de economia é tentadora — mas a conta quase sempre chega de outra forma:

  • Variabilidade de desempenho – O pico de processamento de um vizinho digital pode gerar lentidão na sua operação.
  • Risco de ruído lateral – Falhas de isolamento aumentam a superfície de ataque para incidentes de segurança.
  • Limitações de governança – Políticas de backup, janelas de manutenção e ciclos de atualização seguem um cronograma único, raramente alinhado às necessidades específicas da sua empresa.

Sinais de que o problema é o vizinho

Se a performance cai em horários aparentemente aleatórios, ou se a lentidão se intensifica sempre nas mesmas janelas de fim de mês (quando várias empresas fecham folha ou contabilidade), talvez você não tenha um recurso subdimensionado  tem, sim, um ambiente excessivamente compartilhado.

Caminhos de saída

  • Cloud privada ou servidor virtual isolado – Garante recursos reservados, elimina ruído lateral e oferece flexibilidade total de janelas de manutenção.
  • Contratos de SLA personalizados – Determine latência máxima, throughput mínimo e penalidades claras em caso de descumprimento.
  • Segmentação de banco de dados – Caso precise permanecer em ambiente compartilhado, exija isolamento a nível de instância DB para evitar lockings inter-cliente.

 

  1. Suporte que não suporta: filas, tickets e a maratona para resolver o básico

Relatos de “bagunça no suporte” são mais comuns do que se imagina: tickets que se perdem, respostas padronizadas que não atacam a raiz do problema, múltiplos níveis de atendimento que mais confundem do que ajudam. Enquanto isso, prazos críticos escorrem pelo ralo.

Custos invisíveis de um suporte fraco

  • Retrabalho – Equipes internas gastam horas coletando log, tentando reproduzir erro e provando que o problema existe.
  • Desalinhamento – Falta de SLA claro faz com que expectativas de retorno se tornem suposições otimistas.
  • Paralisação de processos-chave – Quando módulos como faturamento ou folha travam, há impacto direto em receita e compliance.

Boas práticas para elevar o nível

  1. Acordos de Nível de Serviço (SLA) robustos – Defina tempos de primeira resposta, solução e comunicação proativa em incidentes críticos.
  2. Canal único de registro – Consolidar contatos (telefone, e-mail, chat) em uma plataforma de tickets que permita rastreabilidade.
  3. Suporte especializado 24×7 – Para operações de missão crítica, não basta um help desk genérico; é preciso plantão especializado.
  1. Integração (quase) impossível: quando o ERP vira ilha

Uma das grandes promessas de ERP moderno é ser “o coração” do ecossistema de TI — mas, na prática, muitos sistemas:

  • Bloqueiam ou dificultam APIs para integrações com CRM, BI ou plataformas de e-commerce.
  • Limitam acesso ao banco ou cobram taxas adicionais para liberar endpoints.
  • Exigem customizações caras e demoradas sempre que surge a necessidade de conversar com um software de terceiro.

Impactos imediatos

  • Informações duplicadas – Equipes preenchem os mesmos dados em múltiplos sistemas, aumentando chance de erro humano.
  • Visão de negócio fragmentada – Sem integração em tempo real, relatórios agregados perdem relevância.
  • Freio à inovação – Projetos de IA, chatbots, automação de marketing ficam estagnados porque o sistema não “fala” com nada.

Estratégias de integração sem dor

  • Middleware ou ESB (Enterprise Service Bus) para padronizar protocolos e garantir escalabilidade.
  • APIs RESTful abertas – Escolha soluções que ofereçam documentação clara, autenticação segura e alta disponibilidade.
  • Webhooks e eventos – Fila de mensagens (ex. RabbitMQ, Kafka) para garantir processamento assíncrono sem travar a transação.
  • Programas de parceria – Provedores que incentivam integração têm catálogos de conector prontamente disponíveis.
  1. Falta de base de testes: produção não é playground

Deploy direto em produção é o pesadelo de qualquer time de TI. No universo ERP, a ausência de um sandbox traz riscos dramáticos:

  • Erro humano amplificado – Uma simples alteração de parâmetro pode derrubar processos de cálculo.
  • Atualizações sem validação – Novos pacotes de versão entram no ar sem checagem de compatibilidade com suas customizações.
  • Compliance em risco – Algumas normas regulatórias exigem ambiente de validação separado para mudanças críticas.

O que fazer?

  1. Provisionar ambientes de staging – Clonagem periódica da base de produção com anonimização de dados sensíveis.
  2. Pipeline de CI/CD – Automação de testes unitários, integração e regressão, antes da promoção para produção.
  3. Gestão de versões paralelas – Permitir rollback rápido caso alguma atualização falhe.

 

  1. Surpresas na fatura: o pesadelo das cobranças adicionais

Tudo parecia caber no orçamento até aparecerem custos extras: taxas de licenciamento por usuário além do teto, tarifas para liberar relatórios avançados, ajustes retroativos em contratos de hospedagem baseados em consumo. Esse tipo de surpresa pode:

  • Comprometer planejamento financeiro – Dificulta previsão de despesas operacionais (OPEX).
  • Criar tensões internas – Departamento financeiro pressiona TI, que por sua vez lida com sinistro provocado por cláusulas de contrato obscuras.
  • Desincentivar expansão – Cada novo módulo vira uma decisão arriscada, levando a empresa a manter processos manuais para evitar gastos extras.

Como garantir previsibilidade?

  • Modelo de preço “all inclusive” – Pacotes que englobam licenças, hospedagem, suporte e escalabilidade, sem pegadinhas.
  • Dashboards de uso em tempo real – Visibilidade clara de consumo de recursos (CPU, storage, quantidade de usuários ativos).
  • Cláusulas de reajuste transparentes – Indexadas a índices oficiais ou tabelas públicas, evitando aumentos arbitrários.

Leia mais: seu erp na nuvem privada

Conclusão

Resolver esses seis pontos críticos não é apenas um exercício de apagar incêndios; é um passo estratégico para transformar o ERP de gargalo em alavanca de crescimento. Empresas que investem em:

  • Infraestrutura dedicada e escalável,
  • SLA orientado a resultado,
  • Integrações abertas e seguras,
  • Processos de testes robustos,
  • Transparência de custos

Se você se identificou com qualquer (ou todas) dessas dores, considere dar o próximo passo rumo a uma plataforma que combine alta performance, suporte especializado e flexibilidade para se integrar ao seu ecossistema. Não deixe que limitações técnicas ou custos ocultos coloquem freio no potencial do seu negócio. Quer saber como? Entre em contato conosco e descubra como uma nuvem privada de alto desempenho e alta performance pode alavancar seu negócio! Saiba mais!

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